Foi assim que encontrei Hafez. Morto e chorado. Nunca tinha visto devoção tão grande que não se prendesse com religião. Tentei falar com algum dos muitos devotos que visitavam o túmulo naquele dia, mas o inglês ingénuo da maioria dos iranianos e o meu débil farsi, não ajudaram. Quando finalmente encontrei duas mulheres com quem pude trocar mais do que dois sorrisos de conversa, perguntei curiosa o motivo de tanta comoção. Estava certa de que a resposta seria que para além de um grande poeta persa, Hafez tinha sido também um muçulmano irrepreensível e um fiel seguidor do Corão. Mas a resposta foi bem mais simples (ou não) da que imaginei. Entre véus escorregadios a denunciarem cabelos finamente cuidados, risos comprometidos em rostos excessivamente maquilhados, e alguns gracejos em farsi, a resposta à minha pergunta foi afinal: O Amor. quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Assim se ama na Pérsia
Foi assim que encontrei Hafez. Morto e chorado. Nunca tinha visto devoção tão grande que não se prendesse com religião. Tentei falar com algum dos muitos devotos que visitavam o túmulo naquele dia, mas o inglês ingénuo da maioria dos iranianos e o meu débil farsi, não ajudaram. Quando finalmente encontrei duas mulheres com quem pude trocar mais do que dois sorrisos de conversa, perguntei curiosa o motivo de tanta comoção. Estava certa de que a resposta seria que para além de um grande poeta persa, Hafez tinha sido também um muçulmano irrepreensível e um fiel seguidor do Corão. Mas a resposta foi bem mais simples (ou não) da que imaginei. Entre véus escorregadios a denunciarem cabelos finamente cuidados, risos comprometidos em rostos excessivamente maquilhados, e alguns gracejos em farsi, a resposta à minha pergunta foi afinal: O Amor.
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4 comentários:
Lindo!
Mesmo mesmo muito bom. Sofs no seu melhor.
Amo este texto! Parabéns Sofi
Lindo! Adorei!
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