segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Juro


Juro.
Não fui eu.
Eu nem sequer era eu
no dia em que ele morreu.
Eu nem sequer era eu
na hora que ele escolheu.
Eu nem sequer era eu
quando ele se perdeu.
Juro.
Eu era tão pouco eu
que quase me sucedeu.
Eu era tão toda sua
e ele era tão pouco meu
que por certo nem morreu.
E se morreu,
Não fui eu.
Porque eu nem sequer era eu
Quando tudo aconteceu.
Aliás,
Eu nem sequer era eu
sempre que me apeteceu.
Juro.

Sem comentários: