Tempos houve em que a rapariga desejou ser única.
Depois disso,
Depois disso,
tempos houve em que acreditou ser única, que é como quem diz,
tempos houve em que foi, de facto, única.
Ainda depois,
Ainda depois,
tempos houve em que voltou a desejar ser única, que é como quem diz,
tempos houve em que deixou de acreditar ser única.
Ainda mais depois,
Ainda mais depois,
tempos houve em que voltou a acreditar ser única, que é como quem diz,
tempos houve em que foi uma profunda idiota, que é como quem diz,
imagine-se,
tempos houve em que foi uma profunda idiota.
Mas a rapariga, apesar de profundamente idiota, até era esperta
e decidiu nunca mais desejar ser única
e nunca mais acreditar ser única.
Lamentavelmente continuou a ser única.
A única idiota inconformada do mundo inteiro.
Moral da história:
A lebre é única e esperta.
A tartaruga e a rapariga também, que é como quem diz,
somos todos iguais, a merda é a meta.
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