Quero tudo como está, onde conheço que fica.
Quero coisas pesadas, de ferro ou de outras.
A mesa junto à janela aberta
A tesoura sobre a mesa
debaixo da cartolina vermelha
Quatro caixas de lápis sem cor, uma em cada canto
para que não lhe mexa o vento,
na cartolina.
Quatro vezes trinta e seis cores de lápis, todas à janela
para que as leve o vento
ou o tempo.
Hoje quero coisas quietas do peso de mim.
Quero a tesoura onde a encontre
numa ordem pesada
numa leveza soprada
só lá mais para o fim.
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