terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Monólogo de amor

E nisto uma vontade fatal de te escrever
de te ter em linhas que não chegarás a ler
de te poder comigo como só eu te sei crer
de seres meu e eu tão tua sem ninguém o saber.
Nem tu
só eu.
Tudo meu
tu e eu.
Resta-me escrever, escrever...
Tocar-te sem temer
que não me queiras 
que não te possa
que algum dia saibas ler
mentiras toscas se te digo
desconsidere, sou louca, não sei se está a ver...
Se te imploro
Como queira, embale-me se lhe convier...
Sou louca, garanto, não tem o que temer.
O amor que anuncio vem todo do coração
sem propósito
ou indícios de razão.
Por isso perdão, doutor, perdão!
O amor que anuncio
na verdade é só paixão.