terça-feira, 21 de maio de 2013

A rapariga, a lebre e a tartaruga.

Tempos houve em que a rapariga desejou ser única.
Depois disso,
tempos houve em que acreditou ser única, que é como quem diz, 
tempos houve em que foi, de facto, única.
Ainda depois, 
tempos houve em que voltou a desejar ser única, que é como quem diz, 
tempos houve em que deixou de acreditar ser única.
Ainda mais depois, 
tempos houve em que voltou a acreditar ser única, que é como quem diz, 
tempos houve em que foi uma profunda idiota, que é como quem diz, 
imagine-se, 
tempos houve em que foi uma profunda idiota.
Mas a rapariga, apesar de profundamente idiota, até era esperta
e decidiu nunca mais desejar ser única
e nunca mais acreditar ser única.
Lamentavelmente continuou a ser única.
A única idiota inconformada do mundo inteiro.

Moral da história: 
A lebre é única e esperta. 
A tartaruga e a rapariga também, que é como quem diz, 
somos todos iguais, a merda é a meta.

Sem comentários: