De cada vez que me dou conta que "nada disto" funciona (considerando "nada disto" no seu sentido mais lato), revejo este vídeo do Nepal (ou outro que me leve daqui) e relembro-me de que tudo pode ser afinal radicalmente diferente.
Não estou a falar de fazer madeixas ainda mais loiras a uma loira.
Não estou a falar de transformar uma loira numa morena.
Não estou a falar de rapar o cabelo à loira e à morena.
Estou a falar de cortar a cabeça às duas, sem matar ninguém claro!
Há coisa de dias, li numa revista qualquer, não importa qual, uma interpretação da série televisiva "Lost", que me deixou a pensar. Dizia então o sr. jornalista que aquela série não era mais do que uma representação da vida actual, no sentido em que andamos todos um bocadinho perdidos. Pus-me logo a viajar. Por mais óbvia que esta relação possa ser, e é, a verdade é que eu nunca a tinha feito. Este interruptor levou-me mais longe (deve ter levado também o sr. jornalista, eu é que já não me lembro o que dizia o resto do artigo) e dei comigo fascinada com a ideia, para mim tão essencial, de um potencial novo mundo que aquela série escondia e que eu nunca tive olhos para ver.
Fiquei com vontade de rever a série.
Provavelmente nunca o vou fazer.
Provavelmente, seguramente, vou sonha-la aos bocadinhos e se daí sair uma solução para o tal "nada disto", eu aviso, primeiro o sr. jornalista e depois o mundo. Prometo.
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