terça-feira, 27 de julho de 2010

E uma vez mais, o Sol

Deu-se conta que numa dezena e tal de anos nunca tinha observado cuidadosamente onde se punha o sol no seu Bairro.
Que vergonha.
Sabia que era algures para os lados do rio, tal como sabia que as galinhas não têm dentes.
Sentou-se no terraço e esperou , mas o anoitecer não lhe trouxe certezas. As nuvens teimosas borraram a precisão do acontecimento e inundaram o céu de laranja.
Registou o momento num fotograma e prometeu a si mesma não voltar a olhar.
Afinal o sol cai onde quisermos.


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