terça-feira, 30 de novembro de 2010

Onde é que é mesmo o Equador?

No outro dia dei comigo a pensar que devia fazer uma lista com as minhas "não-determinações" para 2011. Um antídoto para a pressão que o final do ano traz consigo. Abri uma mensagem nova e comecei a escrever
- Eu não me vou inscrever no ginásio.
Alguns minutos depois,
- Eu não me vou inscrever no ginásio.
Outros tantos minutos mais tarde e... outra vez o ginásio.
Dei-me conta então, que apenas o ginásio era assunto que eu não queria determinar. Todos os outros me pareceram imprescindíveis. Ora, isto leva-me a crer, que a minha aversão, não é às determinações em si, mas sim à obrigatoriedade de as fazer em Dezembro. Como se houvesse uma linha que diz que a partir dali deve ou pode ser diferente. A linha que separa Dezembro de Janeiro é igual à que divide o Hemisfério Norte do Hemisfério Sul. São ambas imaginárias, o que permite que não existam, se não as quisermos imaginar. Não é fantástico?
Dezembro é um mês tão bom como os outros para determinações importantes. No meu caso é capaz de ser até um bocadinho pior, porque não consigo evitar que a pressão da linha imaginária, que não consigo ainda muito bem não imaginar, atrapalhe o processo.
Devia determinar coisas importantes. Independentemente do mês. Eu e todos.
Devíamos actualizar-nos constantemente, com a mesma naturalidade com que actualizamos o anti-vírus do nosso computador. Em ambos os casos, se não o fizermos, alguma coisa fica em risco. A diferença é que no caso do anti-vírus, o alerta aparece a piscar bem no meio do ecrã, e isso torna o risco real. Acabamos por actualizar a porcaria do anti-vírus e deixamo-nos em risco a nós próprios. Se isto não fosse humano, seria... estranho.
Por isso, o que vou fazer, é escrever a minha determinação em letras bem grossas e pendurá-la na porta do frigorífico, para que me entre pelos olhos dentro todos os dias, mesmo que essa determinação seja
- Eu não vou determinar nada para 2011

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